sábado, 31 de outubro de 2009

Dizem que anda para aí uma gripe ...

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Ainda que pertencendo à dita fracção de alto risco, prefiro não levar a vacina. Desde pequena que nunca fui muito entusiasta das "picas". De um modo geral, tenho particular aversão a agulhas e objectos aguçados. Além disso, tenho medo do Guillain-Barré. Ainda morro da cura em vez de morrer da doença.
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Just say NO

Tenho um sério problema em dizer não às pessoas. O que já me causou e continua a ser motivo de frequentes embaraços e constrangimentos dos quais, por vezes, como se costuma dizer, não sei se ria não sei se chore. Tendencialmente levo a vida com algum bom humor, por isso, na esmagadora maioria das vezes, rio-me. É preciso ser assunto de acentuada gravidade para me fazer antes chorar. Mas a verdade é que, mesmo nas pequenas coisas, esta incapacidade em cuspir um NÃO na altura certa para a pessoa certa acaba, não poucas vezes, por me afectar a rotina diária. Não tenho particular vontade de agradar a gregos e troianos. Não tenho ambição em ser aceite socialmente como a mais afável das criaturas. Não tenho um perfil particularmente voluntarioso nem um espírito cristão de auxílio ao próximo. Simplesmente ... não sou capaz de dizer NÃO. Fica-me engasgado na garganta e acaba quase sempre por ser engolido em seco. E depois surge aquela sensação nauseante de enfartamento pós-prandial. E é assim que eu me meto em cada sarilho ...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Plug in

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Ando animada por uma estranha energia. Coisa pouco usual no panorama normalmente vigente da minha recorrente inércia. Ando cheia de estranhas vontades. O que curiosamente coincide com um pico de desregulação hormonal como já não tinha há algum tempo. O que só corrobora a minha fé na teoria do "no fundo, no fundinho, tudo é hormona". Também ultimamente ando a beber muito Red Bull. Pensando bem, pode ser disso.
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sábado, 10 de outubro de 2009

There's something about Amsterdam

Não percebo bem o quê. Por alguma razão tudo ultimamente acaba por ir dar ao mesmo sítio. Eu, mulher de fé muito própria mas que muito pouca solidez encontra nas crenças populares da sorte e do azar, e nenhuma credibilidade atribuindo às voltas e contravoltas do destino, encontro-me na frágil condição de quase não poder ignorar a sinalética em torno do assunto. Só há uma alternativa: esmiuçar. Comprar uma passagem de avião para um destes dias.

Peter Bjorn and John - Amsterdam

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Oh, it's a kind of stupid groove
That you can't ignore
Oh, it's a kind of natural fact
Sometimes you're just left to be alone

Não percebi mas também não é da minha competência

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Fertilidade


A esmagadora maioria das coisas que na vida fazem sentido ocorrem em ciclos. Lei da Conservação da Massa de Lavoisier : Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". O Outono sempre foi a minha estação favorita. É a que traz a mais bonita e menos agressiva paleta cromática, e pauta por uma alegre melancolia com a qual sempre encontrei pontos em comum. Gosto de o enquadrar no meu ciclo biológico como sendo o meu período fértil.

De futuro ...

Em vez de pregar sardinha fresca, seguir o meu próprio conselho.

Despedidas

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Tenho o mau hábito de me despedir das pessoas sem lhes dar de tal facto conhecimento. Muitas vezes passam-se meses até ser atingida pela presente noção de o ter realmente feito. Não o faço de forma gratuita ou voluntária. O que não me iliba necessariamente da culpa que me é devida.
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Contágio

Correm rumores que anda aí uma gripe. Certamente carrego comigo uma estrelinha que, miraculosamente, me anda a proteger do contágio, já que oportunidades de a apanhar não me faltaram até agora (e não, a estrelinha não é o L. Casei Imunitass). Mas tenho cá para mim que se me pegou outra coisa. De manhã à noite, abre a boca, fecha a boca, não entra mosca mas de vez em quando lá sai uma ou outra asneira. Já que uma vez me auto-diagnostiquei uma lesão meniscal no joelho direito, exerço novamente a boa prática da medicina na minha pessoa e suspeito que se trata da doença do sono, também conhecida como tripanossomíase africana. Vá-se lá saber onde, devo ter sido picada pela mosta tzé-tzé, certezinha. Afinal sempre entrou mosca (bocejo) ...

Adaptação


Ultimamente os dias são velozes e as noites mais fugazes ainda. Mal lhes dou conta, mas estão lá, nos papos negros por baixo dos olhos, no cansaço acusado pelas pernas ao fim do dia. A exaustão física é, contudo, perfeitamente superável. Encontro nela um nível de conforto comparável apenas a um sono descansado. Porque se me traz alguma paz ao pousar a cabeça no travesseiro antes de adormecer, então, vale a pena. Há sacrifícios que se tornam, assim, plenamente justificados. Planos cancelados ou indeterminadamente adiados, pessoas que acabam por ficar para trás porque de alguma forma faz sentido que assim seja. Nunca assumi posturas intermédias nas decisões realmente significativas da minha vida. Nesse sentido, sempre fui bastante radical, e nem sempre sou bem sucedida na adaptação que faço a estas mudanças bruscas. Olhando para trás, tenho um percurso feito de cortes e pedaços, fotogramas mais ou menos desprovidos de algum sentido, quantas vezes não lhes encontro a linha condutora. Tudo isto me deixa inquieta, como se tivesse iniciado um caminho por vias travessas no qual não me é permitido retroceder, como se tivesse feito asneira desde o início e agora já não houvesse solução plausível. Uma discreta ansiedade que acaba por me tirar o sono. O cansaço físico devolve-mo a curto prazo. Por isso faço de conta que não se passa nada e espero que, desta vez, a adaptação me seja mais dócil.