domingo, 29 de novembro de 2009

Uma responsabilidade comum ...

.
" To connect every person, every city, and every nation to Copenhagen. To give everyone hope, and a platform from which to act. To create a grassroots movement that’s powerful enough to influence change. Change will not happen unless the people demand it. That’s why Hopenhagen exists – to give you a rallying cry and the tools to demand a positive outcome in Copenhagen. Signing the UN Climate Petition is only the first step. We need your help activating Hopenhagen in your communities, so the movement grows. This needs to be a people’s movement, with enough people involved that our leaders can’t ignore it."
.

Um mimo

Quem pouca fé depositava nos Arctic Monkeys e fazia deles apenas fenómeno passageiro enganou-se. Os miúdos até se safaram muito bem, aliás, cada vez melhor. A cada novo álbum gosto mais deles. Este segundo single no último álbum, Humbug, é um mimo. Dá vontade de ouvir em repeat. A propósito, dias 2 e 3 de Fevereiro eles estão no nosso país para um concerto no Porto e outro em Lisboa, respectivamente. Vou espreitar a minha agenda e ver o que se arranja.

Arctic Monkeys : Cornerstone

Just another sunday: Terapia do sono


Terapêutica de regeneração orgânica: auto-prescrevo (embora ainda não tenha legitimidade profissional para o fazer) a maior das inércias (cama-sofá-sofá-cama), os documentários do Odisseia e do National Geographic ( e as séries da Fox, ou o paraíso de 3 horas seguidas de episódios dos Simpsons) e uma boa caixa de chocolates. Actividade maquinal e uma vergonhosa passividade. Assegurar as necessidades básicas (chocolate incluído) e pouco mais, sem ter que puxar muito pela cabeça. A idílica preguiça no conforto do lar. Ele há dias em que uma rapariga de pouco mais precisa.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Acutilâncias


Ainda hoje me continuo a surpreender com a pequenez de algumas pessoas. Não devia, é certo, mas é-me inevitável não ficar admirada com o seu interesse na minha vida privada. A todas essas pessoas dá-me uma vontade louca de lhes gorar as expectativas. É que, na verdade, a minha vida não tem interesse suficiente para ser digna de curiosidade alheia. Arrisco mesmo a afirmar que levo uma pacata e desinteressante existência. O que me leva a pensar que, ou a vida destes pessoas é ainda mais aborrecida para que nutram pela minha particular fascínio, ou então anda esta gente aqui ao engano. O que é uma quase pecaminosa satisfação para mim, e uma chatice para elas, mas também não vou ser eu a desiludi-las ... que andem às aranhas durante mais uns tempos, uma desilusão nestas idades ainda é coisa para deixar marcas futuras. Na minha assumida infantilidade, não tenho pudor em afirmar que a maturidade não é uma capacidade assumida de forma generalizada com a maioridade. Não a devemos tomar como dado adquirido, e aqui as evidências suportam alguma da minha razão. No outro dia uma colega minha, em conversa com um paciente, além da Diabetes e da Bronquite crónica fez ainda o acertivo dignóstico de ruindade. O senhor tinha, confirmo-o eu, ruindade. Eu proponho, desta feita, que seja incluído como diagnóstico medicamente válido o de dor de cotovelo, e não me refiro a patologia ortopédica ou de reabilitação. Quando as coisas correm bem aos outros dá uma coçeira desgraçada. Uma urticária incontida, e por vezes não há medicamento que alivie a comichão. Gente pruriginosa, para utilizar linguagem técnica.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

What would Freud say?

.
Serei eu a única alminha neste mundo a reparar que os anúncios televisivos de Natal da Leopoldina e da Popota são quase ... pornográficos? Não será ainda um pouco cedo para introduzir o tema da sexualidade a pequenas criaturas que ainda se encontram a atravessar a confusa e turbulenta fase dos Complexos de Édipo e de Electra? Ou sou eu que simplesmente sou muito pouco moderna (vulgo um bocado retrógada)?
.

domingo, 22 de novembro de 2009

Addicted

Não resisti a sair da FNAC sem o cd dos "The XX". E hoje em dia, para comprar assim um disco por impulso, tem mesmo que me deixar rendida. Ou muito me engano ou auguro um futuro promissor para estes jovens.
.



The XX : Crystalized

.

Myspace

Site

Domingos Paciência

.
O meu Domingo e a mais pura e vergonhosa inércia. Sinto-me cada vez mais parecida com os meus gatos, à excepção da predilecção deles pela cadeira de baloiço. Por isso é que as coisas funcionam aqui em casa. Temos todos feitios semelhantes mas ninguém invade o espaço do próximo. Mais um pouco e começo a comunicar por miaus. Já faltou bem mais ...

sábado, 21 de novembro de 2009

Buongiorno principessa


.

Todos as manhãs, quando chego ao trabalho, sou, por várias vezes, chamada de Princesa. São doentes com problemas psiquiátricos. Então e depois? Não é por isso que me alimenta menos a auto-estima ... E boa disposição matinal não tem necessariamente como pré-requisito um perfeito estado de sanidade mental.

.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Hit the road Jack : a caminho da Golegã



O bom humor está por toda a parte, é preciso é estar receptivo à sua existência. A meu ver não mais é que uma forma de estar na vida, uma fé se preferirem.
.

domingo, 15 de novembro de 2009

Message in a bottle 15.11.2009 : Edgar Allan Poe had a Cat named Catarina

Os (meus) domingos têm um lado negro ...

Baby steps

.

Por favor, ensine-me como se eu fosse muito burra, que eu só passo ao complexo depois de interiorizar o básico.

.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Message in a bottle 10.11.2009 : Delírios de grandeza

.
Blue-eyed boy needs a brown-eyed girl ...
.
Just like the song says ...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O milagre das boas conjugações

.
O Jesus ... e o Cristo. Quando se juntam para salvar vidas acontece magia. São as noites abençoadas, que com cargas genéticas de tal gabarito, não há entidade superior com coragem de ceifar uma alminha que seja.
.

domingo, 8 de novembro de 2009

Sempre os domingos




Domingo de chuva. Eu, atacadíssima por um estranho Sindrome gripal. O nariz entupidíssimo e os lenços de papel usados amontoados a um canto. Chá de cidreira com mel. O livros abertos e a falta de vontade. Os poemas do Vasgo Gato " segreda-me a canção dos dias, sem que nos oiça a noite terrível, e deixa que dance em mim a voz, a voz azul que é o lugar onde o mundo não pára de nascer". Voltei a ouvir os discos da adolescência. E pronto ... choradeira pegada. Breath in, breath out ... slooooooowly ...

.

Fotografia de Teresa Sá

sábado, 7 de novembro de 2009

Message in a bottle 07.11.09 - Começou a chuva


Para condizer comigo.

Lost in translation


Ultimamente a minha vida é repleta de encontros furtuitos das mais variadas naturezas. Boas e más. Encontrei hà poucos dias alguém que me fora, em tempos, muito próxima. Entre cumprimentos, abraços, beijos e risinhos, iniciámos uma breve conversa pautada por algum saudosismo e muita gesticulação manual à mistura. Eu quando fico nervosa não páro quieta. Lembrei-me da justa intimidade que nos mantinha unidas e de todos os pontos em comum que nos fluidificavam a comunicação. Mantivémos, a custo, a chamada conversa de surdos. Ela a falar em alhos, eu a responder em bugalhos. Frases em paralelo, sem desvios de trajectória, sem se entrecruzarem. Uma angústia triste após a despedida. As pessoas mudam. E eu encontro-me, no meio da evolução natural do Homem, assim ... Lost in translation.

domingo, 1 de novembro de 2009

Fascínio


Aqui à uns meses descobri a escrita do Valter Hugo Mãe. Devorei todos os 3 livros em prosa até agora publicados. Falta-me descobrir a vertente poética, patente em 2 livros que ainda não consegui encontrar na livraria. Há algum tempo que a escrita de um autor não me fascinava desta forma. Aconselho vivamente.

.

Easy Sunday

Alheia à associação feita nesta época aos assuntos dos defuntos e afins, tenho a afirmar a minha absoluta falta de superstição nas matérias que escapam ao escrutínio das ciências. E assim, como mulher crente nessas mesmas ciências (é, no fundo, uma forma de fé como outra qualquer), mas não perdendo a minha característica sensibilidade feminina (quem disse que são incompatíveis?), gosto muito, nesta altura do ano, de encher a minha casa de crisântemos. E de acender velas, ouvir Kings of Convenience e cozinhar biscoitos para os amigos que já não vejo faz muito tempo. Tudo isto em simultâneo, enquanto lá fora o tempo faz cara feia. Eu cá não amoleço facilmente com fitas.

Esta casa cheira a broa, aqui mora gente boa ...


No meu bairro retomou-se, este ano, a tradição dos bolinhos e bolinhós, o que muito me deixa satisfeita porque eu adoro ter a pequenada à porta. Deve ter qualquer coisa a ver com a Síndrome do filho único, mas não resisto a um aglomerado de petizes. Tão modestos e adoráveis eles são que até respondem “É o que a senhora quiser dar”. Perguntei se preferiam dinheiro ou doces. À pronta resposta levaram com todo o chocolate e rebuçados aos quais eu tento, ridiculamente, resistir, numa base diária. Bem se vê que não actuam sob coacção parental, e muito menos que pouca noção têm de que anda para aí uma crise. Eu até percebo … a crise foi completamente esmagada desde que se começou a falar na tal gripe que por aí anda a alastrar. Então às crianças, ainda mais ao lado deve passar. É a maravilhosa inocência infantil. Don’t know and don’t care. Eles é mais bolos …

More than words ...






Fazer a diferença, ainda que mínima, na vida de alguém, é, descubro-o eu todos os dias, uma coisa bestial.


Bem me dizia o Senhor Augusto, pedindo-me humildes desculpas pela sua falta de instrução e de habilidade para dar uso a “palavras caras”, que, da precocidade da minha terna idade, ainda muito caminho tenho que pisar para aprender que, na maioria das vezes, as palavras têm uma acção mais terapêutica que o próprio medicamento.