terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Singin'in the rain ( What a glorious feeling )


Preferia que não chovesse tanto. Esta humidade e o constante ping-ping lá fora deixam-me um pouco letárgica. As calças de ganga chegam sempre molhadas na parte de baixo. O cabelo adquire vida própria e assume as mais variadas formas que um ninho de ratos pode assumir. As lentes dos óculos volta e meia embaciam. Quem fica a ganhar é o Canal Odisseia que me tem como fiel espectadora no período compreendido entre as 2 e as 5 da manhã. Mas é nesta altura do ano em qua me apercebo que não sou, definitivamente, uma pessoa estival. Odeio o Verão. Com os anos consegui estabelecer com ele uma forma de pacífica convivência. Era uma decisão inevitável e sensata, após cuidadosamente pesar os pós e os contras. De poucas armas disponho contra as condições geográficas e metereológicas. Quando começar a trabalhar vou passar o mês de Agosto na labuta e tirar férias noutras alturas do ano. Não consigo compreender bem esta minha aversão ao tempo de intenso calor. De certeza que será qualquer assunto recalcado e não resolvido na infância. Lembro-me de ter uma vez sido mordida por um peixe-aranha na Praia da Figueira da Foz. Tirando esse episódio, é tudo nevoeiro.

(ULTRA)PASSAGEM DE ANO


Este ano, a (ultra)passagem vai ser aqui. Porque para mim é importante começar o ano com boa música. A quem aprouver ... terei todo o gosto em abrir portas ...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O povo percebe, não o substimemos


A Playboy portuguesa coloca este mês na capa O Ricardo Araújo Pereira. O homem que tornou as palavras esmiuçar e sufrágios em termos de (ab)uso diário do nosso povinho. Uma coisa, assim digamos, muito americanizada. Parece a capa da Times, e não olhando para o nome da revista, na verdade, ninguém nota. Isto deve ter sido berço de ideias profícuas no seio da imprensa mais ou menos séria deste país. Ou muito me engano, ou na próxima semana, a revista Visão vai trazer nas páginas centrais uma produção fotográfica ousada de Filipa Vacondeus numa cozinha decorada à la Provence, e a revista Maria vai substituir a famosa secção Diário para ele e para ela por uma reportagem sobre a perseguição aos líderes da oposição iraniana. Uma coisa assim muito cultural. Que a gente é do povo mas não é burra, a gente percebe (dizia isto uma senhora rechonchuda com um saco cheio de broínhas de Natal, na fila de pagamento da pastelaria Vénus. Que por acaso trazia a Revista Maria desta semana na mala).
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Sim, eu vejo a revista Playboy.
Sim, eu conheço a secção Diário para ele e para ela da Revista Maria.
Não, eu não gosto de broínhas de Natal.
Sim, eu tenho um problema com bolos que levam frutas cristalizadas.
Não, não há Bimby no mundo que substitua a insubstituível Filipa Vacondeus.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O (MEU) Espírito do Natal ...

... sabe a baunilha e chocolate.
Desejos de um Natal doce.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Catching up ...

Começam agora a sair as listas dos melhores álbuns de 2009, uma boa oportunidade para me aperceber do quão alheada estive este ano de muito boa coisa que tocou por aí. Que isto de só ouvir os "Bons Rapazes" e o "Indiegente" na Antena 3 e a RUC não dá para tudo. O ano passado eram os MGMT, este ano foram os X-X que não me saíram da cabeça. E agora, nos últimos dias, é que ando a ver se apanho o fio à meada. E depois não consigo parar de ouvir coisas como esta ... Isto Soa-me a Smiths. Ou a My Bloody Valentine. Mas pode ser só impressão minha. De qualquer maneira soa-me muito bem.

The Pains Of Being Pure At Heart - "Young Adult Friction" Super 8

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Shoe talk

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É impressionante o grau de afinidade que é possível criar, num curto espaço de tempo, por duas mulheres, em torno de um par de sapatos.
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You want to live like common people*

I just felt in love momentaneously with a guy who looks just like Jarvis Cocker.
Fortunatly, when you sum it up, it didn't last longer than half an hour.





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Porque na vida real estas coisas são muito mais parecidas com a Anatomia de Grey que com o ER. Não se trata de falta de profissionalismo mas sim de aprimorar a arte de bem romancear. Não é passatempo. Mas ajuda a passar o tempo.
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* Pulp - Common people

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Intimidade

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Já não é de hoje que me debato com estes pensamentos, ultimamente com uma frequência assinalável. Sou péssima a manter relações, particularmente as que, por uma razão ou por outra, acabam por se tornar mais pessoais. Tenho um problema com a intimidade, um assumido embotamento emocional que já deveria estar resolvido há muito tempo. Tendo a fugir dela como o diabo da cruz. E pelo caminho acabo sempre por magoar os outros. Era caso para pedir ajuda profissional. Não que devote muita fé a qualquer tipo de terapia. O meu cepticismo em relação ao que não posso quantificar não me permite grandes devaneios. Ainda assim, estou disposta a fazer cedências.Talvez assim parasse de fazer asneira.
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