domingo, 17 de janeiro de 2010

Domingos Paciência

.
Hoje é Domingo, mas não há cá receitas para ninguém. Bom sinal, não?
.

Uma lufada de Air morno


Não tendo sido um concerto brilhante, foi deveras competente. Não tendo pautado pelo primor na interacção com o público, ambas as partes saíram satisfeitas. Os meninos, trajados a rigor, como lhes é costume, rasgaram um vigoroso sorriso no final. E mandaram beijos (ou em francês Bisous) e lá confessaram que Portugal é muito sweet e as pessoas são muito warm. Estrangeirismos. Ou nem por isso. A verdade é que Lisboa, ontem à noite, estava de facto muito warm. Quentinha e sem chuva, a pedir uma noite de animação. Enquanto isso, em Coimbra, estava a chamda chuva molha tolos. A morrinha. Humpfff ... So how does it make you feel? Com vontade de rumar a Sul, apesar da minha devota paixão pelo Norte.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Eu e a (minha) falta de fé


Não resisti. Acho que deve ser das perguntas mais bizarras que já me foram feitas num mail ...

It's Oh so quiet


Vejo-me numa serena e dissonante quietude há já muitos dias. Incontáveis, perdi-lhes o rumo. Ou perdi-me eu, algures no meio do caminho, o meu sentido de orientação nunca se revelou particularmente confiável. Há algum tempo que não encontro curvas. Esta aparente mansidão, tenho-a por traiçoeira. Como se algo de avassalador estivesse, de mansinho, a preparar uma bestial mis en céne.
Existe um poema de José Mário Branco, divinalmente melodiado pelo fabuloso JP Simões, que traduz tudo isto na perfeição:
.
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes

São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha

Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas

Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho

Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda

.



domingo, 3 de janeiro de 2010

Domingos Paciência





Os domingos de chuva e tédio dão-me para os tachos e panelas, mais concretamente para o pão-de-ló e os pastéis de requeijão. Tinha ovos e requeijão a estragarem, o que é que querem? Com tanta fome no mundo, ir para o lixo era pecado. E eu ando a ver se minimizo as contas a ajustar com as Santidades para ganhar um lugarzinho não no céu (era pedir muito) mas pelo menos num local com temperatura amena e brisa marinha. Mais um pouco e transformo este espaço num blog de Culinária. Já faltou bem mais ...

sábado, 2 de janeiro de 2010

Esquecimento imperdoável ...

Grizzly Bear : Two Weeks

Já aqui tinha referido que os Grizzly Bear são senhores de um dos meus álbuns favoritos de 2009? Não? Aqui fica o reparo ...

Alterações climáticas

.
Existem duas entidades na História da Humanidade para as quais o cabelo assume proporções quase místicas: 1- Sansão e 2- A esmagadora generalidade das mulheres. Para algumas, entre as quais me incluo, a necessidade de uma mudança drástica no estilo de vida é iniciado pelo ritual do corte de cabelo. Tanto mais radical quanto maior a mudança em causa. Eu acabei de dar um belo corte na trunfa. Daqueles que, não sendo radicais, são uma segura volta de 180º. Ainda estou a tentar perceber o significado disto. É que só agora acabou o período das festividades e eu, antes de sair do modo de piloto automático, passo primeiro pelo de slow motion até chegar ao modo manual. É coisa para durar umas quantas horas. Vá ... uns quantos dias.
.

Dar um passeio à Nossa Senhora da Asneira e voltar

.
A sensação de atirar, definitivamente, para trás das costas, um assunto pendente, cuja má resolução é matéria única e exclusiva da minha responsabilidade ... é uma sensação indiscritível de "fresh new start". E uma ideia cimentada de tão cedo não me meto noutra igual ... Se bem que nunca se sabe.
.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

É preciso é saudínha ...



O pensamento apesar de tudo positivo de quem passou a viragem da década doente.