quarta-feira, 20 de maio de 2009

Insónias ..

Voltar a abrir os livros de poesia empoeirados ou os livros empoeirados de poesia que se aconchegam, placidamente, na última prateleira da estante. Abrir ao acaso uma página e arrancar-me, de forma violenta, todo o fôlego que esta noite me resta ainda...
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se alguém disser que morri, avança até à varanda do céu,
escuta a noite e recolhe o meu corpo da espuma dos planetas.
não deixes que o meu rosto se dissolva nas tuas mãos,
insiste no meu nome até que o mar ascenda à tua boca.
e de luar em luar celebra o coração que fiz teu, mudamente,
como se o amor fosse sobreviver às veias paradas do sangue.
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Vasco Gato

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