sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Nothing comes to those who wait


Depois desta época de exames, meus amigos (e por meus amigos refiro-me mesmo a eles e não ao esporádico visitante deste blog), eu vou sumir no mundo, como dizem os nossos irmãos transatlânticos. Tal é o estado de desaculturação em que me encontro presentemente, que eu juro a pés juntos que me vou enfiar nas salas de cinema e passar a frequentar o meu clube de vídeo diariamente, para ver todos os filmes que as contingências académicas me impedem de ver. Vou pegar em todos os livros acumulados pelos cantos da casa e vou redescobrir o prazer de só conseguir parar de ler na última página. Vou-me enfiar nas lojas de discos e tomar conhecimento de tudo o quanto surgiu entretanto no mundo da música e que me passou ao lado. Vou fazer as pazes com o (pouco) teatro que se faz nesta cidade. Vou voltar a comprar bilhetes para concertos. Vou retomar, moderadamente, alguns dos meus hábitos sociais nocturnos. Vou voltar a sair para a rua e passear pela cidade de máquina fotográfica a tiracolo. Vou-me aplicar mais a nível da disciplina física. Vou tentar consumir menos açúcar (não vai ser fácil, mas vou tentar). E vou começar a pesquisar frequentemente os voos low-cost da Rynair e da Easy-jet. Nothing comes to those who wait ... Não é verdade? E ouço eu David Bowie bem lá ao fundinho a gaguejar ... Ch-ch-ch-ch-changes ...

End of conversation

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Aprendi por experiência própria que existe uma frase que, dita com brio e seriedade, é válida para encerrar definitivamente qualquer assunto ao qual nos pretendamos esquivar ou acerca do qual não nos queiramos alongar para além da abordagem superficial. A frase é: "São assuntos/questões/problemas pessoais". Ninguém mais vai ter o despautério de continuar a esgravatar sobre um tema que tem carimbado por nós a classificação de "pessoal". Seria uma invasão de privacidade, não é verdade? A não ser que se seja propositadamente inconveniente ou, simplesmente, cusco. Há outra frase que também surte grande efeito para colocar um ponto final na conversa :"Desculpe, mas tenho que ir fazer uma coisa que mais ninguém pode fazer por mim". Mas esta deve ser usada com moderação e em situações, obviamente, muito diferentes.
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O efeito da crise no catraio


O mundo da publicidade é deveras astuto. Astuto e atentíssimo ao panorama económico nacional. Ora pois, em tempos de crise devemos apertar o cinto, sim senhora, mas livrem-se as sempre preocupadas progenitoras ... LIVREM-SE SUAS DESNATURADAS ... de cortar no Danoninho do petiz. Não vá a criancinha começar a comer iogurtes infantis da marca Continente e ficar privada da Vitamina D (que por acaso se origina quase por geração espontânea com uma simples exposição diária de 15 minutos à luz solar) e crescer raquítica. Ou pior que isso ... osteoporótica. O que em tão tenra idade, convenhamos ... era ou não era um feito invulgar?

(Quase)


Há momentos na nossa vida, instantes breves e de uma concreta especificidade nos quais nos apercebemos que as coisas mudaram, que a partir de então se vira uma página para iniciar a leitura da seguinte. Encerra-se de vez uma etapa que se andava já a arrastar, desprovida de grande sentido, e fica-se despida de emoções e reacções, assim, uma tela quase em branco, uma tábua quase rasa. É um tépido desalento que nos aquece em fogo lento. É uma violenta forma de auto-exposição, um embate de frente com a nossa imagem nua no espelho, com todos os pudores e vergonhas que ao acto assistem. Desprovidos de alvos a quem apontar o dedo e de bodes espiatórios que justifiquem os nossos actos ou atitudes mais ou menos despropositadas. Um fosso emocional que antecede o trilhar de um novo caminho que, intencionalmente, desejámos que fosse diferente. Ninguém disse que as mudanças eram fáceis. Raramente o são. E magoam mesmo quando temos a presente consciência de que o que aí vem, tendencialmente, só pode ser melhor. Só pode ser melhor. Mas uma página (quase) em branco será sempre uma página (quase) em branco. E é sofregamente que se encara o vazio interior, já que por mais que olhemos atentamente como quem fixa um estereograma não existe lá nada. E recomeçar de um novo ponto de partida, com todos os medos e ansiedades de quem parte às cegas e ausente de grande sentido de orientação, é de um colossal desgaste. A mim, pelo menos, deixa-me sempre esgotada ao fim de mais um dia. É desta forma áspera e abrupta que, mesmo depois de adultos, continuamos em processo activo de crescimento, virando página após página após página ...
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O repolho português

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Em conversa desprovida de todo e qualquer sentido e cabimento, acerca de um tal repolho, eis que surge uma verdadeira epifania: "Isto só prova que o português não está sensibilizado para o legume." Ora pois cá está, eu concordo plenamente, na posse de todas as minhas faculdades mentais. O português tem muito prazer no chouriço de fumeiro, na matança do porco e no futebol, mas depois faz de conta que não faz parte da sua cultura a bela da verdura. E por causa disso mesmo, hoje vou dedicar o dia ao belo do repolho. Um repolho por dia dá saúde e uma desmesurada alegria, meus amigos. Para o jantar sopa de repolho. Até vem a calhar porque preciso de abater os exageros que se acumularam durante as festividades.
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Janeiro


Hoje acordei com uma secreção amarga a escorrer pela boca, e estas palavras mastigadas em seco durante o sono:
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(...) E amanhã será um dia a menos, Um outro som acrescentando à voz, Um abraço fechando-se até ao amor.

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É a letra da música do Tom Waits que derrete na tinta impressa nas palmas das mãos, como forma áspera e inevitável de me lembrar o tempo ao qual pertenço." Remember everything that spring can bring, You can never hold back spring". É o livro de poesia do Vasco Gato caído aberto na mesa de cabeceira. Este poema chama-se Janeiro. É, todo ele, a tradução de uma estranha ambiguidade que já não sentia à muitos Janeiros outros que têm passado por mim e pelos quais tenho passado, deixando atrás um rasto de desassossego.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Tira-teimas

Animal Collective : Merriweather Post Pavillion
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Os Animal Collective têm um novo álbum ... fresquinho e acabadinho de sair do forno. Consta por aí que é um verdadeiro prodígio musical. Consta ... no meio do disse que disse eu vou ao tira-teimas. E confirmar com o meu aparelho auditivo se, para além da fama, também se lhe deve o proveito.

E agora digam lá se, pelo menos, o estereograma da capa do disco não é qualquer coisa de deixar os olhos em bico.

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Animal Collective : My Girls

Pelo menos não morri estúpida

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Depois de ter experimentado o Tai Chi Chuan, e de não me ter sido feita nenhuma revelação divina em particular (isto apesar da proximidade com Fátima e com o Convento das Carmelitas), está resolvido ... vou voltar ao Body Pump. Que isto de ficar 5 minutos de braços no ar e palmas das mãos abertas a fazer transferência de energia dá-me cabo das costas. Ou serei eu que tenho uma mentalidade pouco permeável a estas coisas de exercitar também a mente?
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Easy like sunday morning ...

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Quando as coisas são demasiado fáceis, é como aquela história da esmola ser grande ... o pobre sempre desconfia ...
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Yes, he can




Esta deve ser a única morada da blogosfera que ainda não tocou no nome de Barack Obama e ainda não colocou uma foto do dito senhor (raios, agora deixou de ser).E eu tenho um particular gostinho em, às vezes, ser do contra. Não simplesmente porque sim mas com argumentos fundamentados, quanto mais não seja na minha mera convicção. Mas desta vez lamento ter que me juntar ao resto do rebanho, e ter que admitir que aprecio deveras as ideias defendidas pelo senhor. Agora, da ideologia à prática vai um longo caminho a percorrer, e eu aconselho calçado confortável que dê para muitos kilómetros, já que a gasolina se encontra a preço proibitivo.


Quanto ao outro senhor da foto da direita. Que vá pela sombra ...
Vá ... e não volte ...

Siza é um must ...




Álvaro Siza, Portugal's most revered modern architect, has been awarded the Royal Gold Medal for Arquitecture by the Royal Institute of British Architects. Even though it carries no prize money, and there is no gameshow-style TV programme to accompany its presentation, the Gold Medal remains one of the world's most prestigious architecture awards. And, Siza remains one of the world's finest architects (...)

Ora cá está um motivo de orgulho para este país. Esqueçam a eleição do Cristiano Ronaldo como melhor jogador do mundo, que isso é coisa mais que brejeira. Isto sim deixa-me, enfaticamente, embutida de um qualquer orgulho nacionalista que nem eu sei bem classificar ...

Cinemática




Eu ando muito agradada com o facto de ter os canais Telecine descodificados ... Vejamos ... No espaço de poucos dias assisti, de rajada, a 4 fabulosos filmes: "O quarto do filho", de Nanni Moretti, "Belleville Rendez-vous", de Sylvain Chomet, "Paranoid Park" de Gus Vant Sant e de "2046" de Wong Kar-Wai . Fora todos os outros que devo perder devido ao exercício diário da minha rotina laboral e social. Para além disso, os meus dvds ainda com o plástico fechado e o preço marcado acumulam-se ao canto da sala de estar, à espera do dia de São Nunca à Tarde. E as idas ao cinema desmotivam-me após um dia cansativo em que tudo o que apetece é vestir o pijama, deitar no sofá com o gato ao fundo das pernas e adormecer com o ruído da estática de fundo. Está mal, muito mal. Há que combater a inércia. Ao que me consta, o fime do Woody Allen é assim uma grande ... treta, para não dizer asneiras. Sobra-me o Estranho caso de Benjamin Button, que dura 3 horas, e ao fim de uma hora e meia já me doem os glúteos de estar sentada. Então se ouvir nas imediações o barulho de sucção de uma qualquer bebida gaseificada ou o crack crack das pipocas a estalar no palato de terceiros ... eu fujo. Eu fujo, chego a casa, enfio-me no sofá com o gato e ligo a televisão em um qualquer canal Telecine.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Yin-Yang


Hoje vou absorver a filosofia da complementaridade do Yin e do Yang e vou-me render às modalidades holísticas através do Tai Chi Chuan. Porque o que mais importa na vida é não morrer estúpida, sem nunca ter experimentado ...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O homem-pássaro

O Andrew tem um novo álbum. E eu ando deliciada a ouvi-lo e a ouvi-lo deliciadamente. Quando é que ele volta mesmo a Coimbra outra vez ?
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Andrew Bird : Noble Beast

Rapunzel


Como em uma elevada percentagem de mulheres:

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Assinalo uma significativa mudança na minha vida com ... UM BOM CORTE DE CABELO.

Momento deveras assustador para uma determinada fracção da população feminina acostumada a longos fios de queratina escorrendo pelo dorso, mas deveras libertador. É como na história de Sansão ... quando cortamos a trunfa perdemos a força. Mas sem querer cair no feminismo cliché - nós somos mulheres. Isso de nos cortarem a força é história da carochinha. E na verdade, o que me está a tirar a força é o peso que me faz sobre os ombros. Foi o que restou dos dias em que esse peso não era mais que o do mundo inteiro sobre as costas. Falta-me dar o último passo. Para me ver livre do assunto de uma vez por todas. Xeque-mate !!!

A vida é lixada ...

Não fumo.
Não consumo drogas ilícitas.
Bebo apenas num particular contexto social.
Não tenho gosto especial pelo jogo a não ser pelo Solitario Spider do meu portátil.
Tenho o vício das compras como qualquer mulher saudável de 25 anos que gosta de ter trapinhos novos como forma de incrementar a sua oscilante auto-estima. Nada de exagerado.

Algum defeito tinha que ter. Nem é defeito, é mais feitio. Sem café o meu dia não começa, a minha cabeça não desenferruja pela manhã, o estado letárgico não consegue ser vencido, a minha tensão arterial não sobe, o eyeliner fica todo esborratado, aceito apática e passivamente as filas de trânsito como uma parte inevitável da vida ... Sem cafeína na circulação sanguínea eu limito-me a sobreviver, a me arrastar até à máquina de café mais próxima. Por isso eu agradeço profundamente às mulheres, homens e crianças que trabalham arduamente e de forma tantas vezes assalariada nos campos de café. Graças a eles eu consigo encarar o dias com algum (moderado) optimismo. Eu sei, há sempre um leve peso na consciência. Mas para isso vivia eu diariamente com o peso do mundo nas costas. Pois eu bem sei que há muitas crianças a morrer de sede mas o banhinho quente sabe muito bem agora no Inverno. E quem é que deixa de comprar o top ou as calças da sua vida só porque a etiqueta diz MADE IN CAMBODJA ? A sociedade de consumo dos nossos dias promove mesmo o tapar os olhos bem tapadinhos com uma venda e o delegar de responsabilidades para cima dos homens feios e maus que exploram directamente os pobres (pobres com duplo sentido, note-se) trabalhadores. É a vida. E é lixada. E eu preciso urgentemente de mais um café ...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Adeus!

1969-2009
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A voz do João Aguardela acompanhou-me desde miúda. Acompanhei, de forma quase involuntária, a sua carreira musical, a sua evolução enquanto músico ao longo do tempo. Tive oportunidade de o ver algumas vezes ao vivo, a última das quais em Coimbra aquando da digressão do primeiro disco da Naifa, concerto que me deixou saudades. Assim como o seu virtuosismo musical ...

A naifa : Filha de duas mães

domingo, 18 de janeiro de 2009

You know me so well ...

Um presente de Natal muito especial que me tem adormecido em todas as noites frias de Janeiro. Uma (muito) agradável descoberta ...
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Glory Hope Mountain : The acorn

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The Acorn : Crooked legs

Já para lá do meio do mês ... ...


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Mas ainda a tempo de tomar resoluções de Ano Novo ...
Na devida altura andava com a cabeça ocupada com outras coisas ...


Um pouco mais de estrogénios



Tenho-o dito. Mais do que uma vez. Grande parte das questões existenciais do Homem são meramente questões hormonais. Insidiosas e matreiras, pequenas e aparentemente insignificantes flutuações hormonais podem motivar as grandes e principais mudanças na vida de cada um de nós. Não reneguemos as hormonas, irmãos. Tolos são os que ignoram que elas circulam desenfreadamente pela nossa corrente sanguínea e que, quantas vezes sem o sabermos, originam grandes estragos. Verdadeiras catástrofes. Eu, que sou mulher, e que o sinto na pele pelo menos uma vez por mês, que o diga. Sinto-o na pele e na clarividência. Sim, porque além de um apetite voraz por Sugus de Melão às 3 e meia da madrugada, o pico estrogénico tem em mim (e falo de boca cheia, sem pitada de falsa modéstia) um efeito revelador. Há muitos homens que, certamente, beneficiariam com uma boa injecção de estrogénios por volta do 14º dia do mês. Uma menstruaçãozita não faz mal a ninguém (há sempre quem desmaie quando vê sangue, e eu conheço uns quantos assim ...), e podia ser que, com ela, viesse uma boa dose de bom senso. Mas isto dispara a minha boca tendenciosa, já que as últimas experiências no campo oposto, o da testosterona, têm sido algo desastrosas. Pelo sim pelo não, não se fiem em nada do que eu digo ...

Pele de bebé


10 horas seguidas de sono. Recuperação total. Depois de uma semana a dormir umas escassas 3 a 4 horas por noite, o meu corpo agradeceu uma maratona de repouso. Sem sonhos. Sem tumultos. Só dormir. Um calmo e santo descanso. E a agradável sensação de acordar no dia seguinte sem olheiras e com pele de bebé. É que não há creme da Clinique que disfarce o estrago provocado pelas noites de greve forçada ao descanço.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Can you hear me Major Tom?

Eu hoje estou INABITÁVEL. Vou, certamente, dormir ao relento, se o sono me for benevolente.
Na minha forma de cozer o silêncio em lume brando, deixo as palavras, pegajosas, coladas ao fundo do tacho. Existe em mim um qualquer subtipo de angústia, enquadrável na classificação dos sentimentos ilógicos do Homem. Tal como disse, um subtipo. Um entre muitos outros. Enquanto medito nestas insignificâncias, do rádio solta-se uma quase epifania:
"Ground control to major Tom" ...
Há qualquer coisa nesta frase que faz, em mim, todo o sentido.
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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

E com muita vontade?

O álbum dos TV on the Radio foi mais um dos que me fez companhia aos dias durante o ano transacto. Mais um não, que soa pejorativo. Aliás, teve espaço destacado na minha playlist musical, visto que, ao que parece, quaquer projecto que saia das mãos destes senhores (que têm sempre múltiplos projectos musicais paralelos em simultâneo) é sempre coisa boa. Conseguirão eles fazer má música? Mesmo que tentem? E se tentarem mesmo com muita força?

TV on the radio : Dancing choose

Pai Nosso que estais no céu ...


Noite de descanso em boa companhia. Em Coimbra, os cinemas nunca são vastos em boas propostas cinéfilas. Resta o clube de vídeo, ou, em altura de milagres, ligar a TVI à meia noite e, com espanto, dar conta de um bom filme, para variar. Estamos a falar da TVI, meus caros. O canal que eu menos vejo na televisão. Acho que até o Sailing Channel deve ter mais tempo de antena no meu ecrã. Um bom filme, como este Natural Born Killers de Oliver Stone, na TVI, só pode mesmo ser fenómeno da Santidade. Sendo assim, digo eu: Aleluia! Até merece uma oraçãozinha de agradecimento e tudo ...

sábado, 10 de janeiro de 2009

Alegre torpor

Por estes dias de Inverno, o frio ganha raízes na pele e anestesia todo o corpo numa quase agradável dormência.
Valha-nos, ao menos, este descabido torpor da alma.
Porque lá diz o ditado:
"Mãos frias, coração quente ..."
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Vêm como a sabedoria popular também se engana?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O Cotão aconselha ...

Estou maravilhada. Com a música. Com o vídeo. Com o álbum.

Abençoada recomendação. Melhor que mezinha caseira ...

Fleet Foxes : White Winter Hymnal

Cheer up

Eu devo andar mesmo a leste. Isto porque Beck editou novo álbum em 2008 e eu só o descubro em 2009. Coisa destas nem parece minha. Preciso parar, pensar e reflectir. Alguma coisa está mal na minha vida. Há algo de podre no Reino da Dinamarca ... e coisa boa não pode ser. Enquanto não atinjo conclusões viáveis, recomendo vivamente o álbum. É coisa que, por estes dias, me tem deixado completamente rendida. E é bom para desanuviar das coisas tristonhas e depressivas que tantas vezes me dá para ouvir. Xô "cabisbaixismo" ... Váde Retro ...

Beck : Gamma Ray

Depois da fartura do Natal ...

Lá diz o ditado:

Tolo é quem muito come, mais tolo ainda é quem lho dá a comer.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A vacina contra a Crise


Na entrada de um novo ano, eu já não sei se me surpreenda ou não com a originalidade, ou melhor, com a falta dela. Dispenso ser louvada pelos meus lindos olhos (a louvar louvem mas é a minha mãezinha que foi ela que mos deu). Não me deixo seduzir por pedidos de casamento às 3 pancadas (embora, verdade seja dita, não seja pedida em casamento assim por dá cá aquela palha). Mas eu já pouco me fio em promessas, meus caros, porque não é delas que reza a história mas sim dos actos corajosa ou cobardemente incitados ao longo da evolução da humanidade. Acusem-me de descrença. Sou uma descrente e assim o assumo. Desvirtuei do caminho da perfeição ainda na adolescência, quando quebrei definitivamente laços com a fé cristã. Lá dei eu um desgosto aos progenitores. Agora encontro-me prestes a cortar amarras também com a fé nos Homens. Atenção, Homens com H maiúsculo. Que isto da verbalidade efémera e das atitudes esquentadas é uma problemática educacional e, como tal, não escolhe géneros. E ao que me consta, a crise que para aí anda a alastrar não é apenas económica. É a chamada crise de princípios e toca a todos os não se sujeitaram à prévia profilaxia. Senhor Doutor, dê-me de imediato a vacina que a mim eu não quero que me toque mais a maleita ...

Day one


... Leva-as o vento !


Diz-me Ela "A SOMBRA" (com os dedos médio e indicador de ambas a mãos levantados e a fazer aspas) : "Oh rapariga, tu fala ... mas não fales por enigmas nem te ponhas com meias palavras ou às voltas com linhas tortas !" . Desta vez o que me sai não são palavras mas grunhidos. Para bom entendedor, creio eu, meia palavra basta. Ou então passo eu a adoptar uma linguagem emocionalmente simplificada, como se incitasse um permanente e exaustivo diálogo com crianças ...