domingo, 17 de agosto de 2008

Costas largas


Ninguém consegue parar o jovem Phels. 8 medalhas de ouro é, sem dúvida, um feito. Isto lembra-me aquela altura em que ganhei uma medalha (de um metal de origem um pouco duvidosa) numa competição de natação na velhinha piscina de Celas. Se bem me lembro, cheguei em primeiro lugar na modalidade de 200 m crawl. A medalha também tinha uns anéis desenhados (certamente não os anéis Olímpicos) e a imagem de uma foca com uma bola equilibrada na ponta do nariz. Os meus pais sentiram-se deveras orgulhosos de mim nesse dia. Isto faz-me meditar acerca do meu eventual brilhante futuro na natação se entretanto não tivesse parado de praticar para me dedicar ao judo e, mais tarde, às modalidades cujo nome é precedido pela palavra Body (os chamados Body Coisos). Acho que me tornei preguiçosa com a idade. Sim, o cabelo cheirava permanentemente a cloro e havia um bicho papão que comia criancinhas ao pequeno-almoço e do qual todos tinham medo chamado pé-de-atleta (hoje em dia, com os meus conhecimentos científicos, já sei que se trata de um fungo, um dermatófito que coloniza a epiderme e que deixa o pézinho com aquele mau aspecto). Mas nunca saberei que outras alegrias a nataçao me poderia ter dado para além de ter ficado com as costas largas. Literalmente.

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