domingo, 17 de agosto de 2008

Mesmo com força de vontade


Na minha recente viagem ao interior do país, não pude deixar de reparar num denominador comum a todas as pequenas vilas e aldeias que ficam a meio caminho entre cidades: primeiro que tudo, o facto de ser raro detectar um mísero papel atirado ao chão. É inspirador ver que as próprias câmaras municipais e juntas de freguesia incentivam a população local a cuidar das suas ruas e passeios, e a mantê-los limpos. Existe uma bem elaborada e bem conseguida abordagem educacional junto das pessoas, e o resultado salta a olhos vistos. Além disso, existem ecopontos praticamente em todas as esquinas, limpos e devidamente organizados. Não há, de facto, desculpa para atirar o papel para o chão ou para deixar a garrafa de plástico em cima de um muro. Um exemplo que deveria ser tido em conta por muito boa gente, e refiro-me, em particular, aos responsáveis camarários pelo assunto na minha cidade. Perto de minha casa existe um ecoponto, sim. Mas poucas vezes é esvaziado, os sacos amontoam-se no passeio em frente, obrigando os peões a se desviarem para a estrada, o cheiro nem sempre é o mais agradável, e sinceramente ... mesmo quando o esvaziam, o local tem um aspecto muito sujo, quando se pretende exactamento o contrário. E esta é uma situação visível em muitos outros pontos da cidade, especialmente nas áreas mais periféricas. Desta forma, mesmo que a força de vontade ajude, torna-se uma tarefa bem mais penosa reciclar o lixo e contribuir para o bem-estar da nossa comunidade.

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