segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Road Trip



O Cotão já regressou de mais uma incursão por terras de Portugal. As ideias vieram arejadas, sem dúvida, mas o corpo, esse, acho que voltou ainda cansado. É que palmilhar caminhos em busca de pequenos tesouros escondidos dá trabalho ... trabalho de pernas e jogo de cintura. O Cotão divertiu-se, tirou fotografias, apanhou sol, bebeu refrigerantes e dormiu uma média de 8 horas por dia, algo que não acontecia à já muito tempo. O Cotão não quer deixar de demonstrar o seu profundo agradecimento às pessoas bonitas, amáveis e bem-dispostas que se cruzaram no seu caminho. Àquelas que tinham sempre um sorriso pronto e que, à sua custa, acabavam por nos arrancar sorrisos também a nós. O Cotão quer ainda agradecer:

ao sol de 40 graus à sombra e às noites abusivamente quentes do interior do país, às pousadas da juventude (que além de um serviço muito eficiente e óptimas condições, têm sempre pessoas simpáticas nos balcões de atendimento), aos cumes das serras pelo pôr-do-sol do fim de tarde, às águas frize (que me mataram tantas vezes a sede), à vida nocturna de Castelo Branco, às senhoras idosas que fazem marafonas em Idanha-a-Nova, às estradas de terra batida que me fizeram engolir tanto pó, ao Rio Tejo (e às suas difíceis acessibilidades), aos croks (horrorosos mas certamente muito confortáveis), às aldeias nascidas da pedra, a Espanha (ainda mais inóspita do que Portugal mas com gasolina mais barata e estradas decentes), às conversas pela noite adentro, ao primeiro e último cigarro depois de um ano e meio, aos colchões duros como pedra, ao trânsito à entrada da capital, à falta de hidratos de carbono, aos pastéis de Belém, aos cafés tomados depois de meia-noite, aos museus de Lisboa, a Le Corbusier (apesar da pressa), às minhas velhinhas All Star verdes que foram definitivamente remetidas para a reforma e às estradas secundárias deste país (não se pagam e nunca se sabe que surpresas nos aguardam ao virar da próxima rotunda).

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